Birras...

05:08

Bem vindas birras...
Sabíamos que iam chegar, o que não sabíamos é que vinham cheias de vontade.
Poucas vezes, felizmente, mas quando atacam nem é bom.

A Joana Flor é uma menina bem comportada.
Sempre foi uma bebé que nunca deu dores de cabeça, mas desde cedo percebemos que tem um feitio bem vincado, o que não achamos mal, pessoas de ideias fixas é o que o mundo precisa.

Ao fim de um ano e meio, a pequena lembrou-se que é muito crescida e que quer fazer as coisas à sua maneira.

Comer sozinha é um dos exemplos.
Achamos mais que bem que o faça, sempre foi incentivada a isso. Sempre demos espaço para ela experimentar e experienciar as coisas. Somos os dois educadores de base e sabemos o quando isso é importante no desenvolvimento da criança.

Talvez por isso, consigamos lidar bem com as birras da pequena.
Quando se chateia porque atirou um brinquedo e chamo a atenção ou quando nos empurra a mão porque não lhe damos a colher para comer sozinha  (a sopa, temos medo que se queime e ainda não tem destreza suficiente para comer algo tão líquido sozinha)...

O que fazemos?
Creio que o mesmo que qualquer pai ou mãe. Chamamos a atenção e quando ela faz de forma correta a mesma ação batemos palmas e damos-lhe os parabéns.
Ela fica toda contente e acreditamos que se sente valorizada e reconhecida pelo seu ato.

Se já demos uma palmada?
Claro que sim, nenhum pai ou mãe são de ferro e ha sempre dias em que os pequenos não nos ouvem.

Se gostamos de o fazer? Acredito que nenhum pai/mãe goste, mas faz parte.
Que ninguém diga que nunca o fez porque não acredito. Uma palmada toda a gente da e toda a gente leva.
É importante a criança perceber que quando a mãe ou o pai lhe levantam a mão não estão felizes com o que ela fez.
A primeira vez que dei uma palmada à Joana Flor disse-lhe isso mesmo, que fiquei muito triste por ter que lhe dar "tau tau" e que a mamã não queria mais fazer isso.

A fofinha percebeu e se a mamã diz que está triste com a Joana Flor ela entende, à maneira de uma criança de ano e meio, mas entende.

O mais importante, e aquilo que damos mais valor aqui em casa, é fazer entender que todos temos sentimentos, até os mais crescidos e que por isso os pequenos não podem fazer tudo o que lhes apetece.
Não é correto e não faz bem aos outros.

Fazer da nossa pequena, grande é a nossa missão. Fazer com que se respeite e respeite os outros também.
As birras, essas fazem parte. Mas como em tudo na vida, devemos sempre tirar ensinamentos de tudo e estes estados de fúria dos mais novinhos não são excepcao.



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